20 julho 2010

EAD: uma forma de democratizar o ensino superior

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Data: 20 de Julho de 2010
Título: EAD: uma forma de democratizar o ensino superior
Veículo: Gestão Universitária
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No debate conflituoso sobre o EAD, pauta uma reflexão sobre o seu público alvo. Pontua-se ações mitigadoras de inclusão digital, atrelada as mazelas da gestão de ensino aprendizagem contribuindo para o distanciamento da possibilidade de acesso as ferramentas de mobilidade social no Brasil, através da organização e aparelhamento da Educação Básica e Superior. O distanciamento da sociedade informacional alimenta a exclusão e impede que nossa sociedade se prepare massivamente para os desafios cada vez maiores do mercado de trabalho e da inserção minimamente competitiva no atual cenário de mundialização{...}(SILVEIRA 2001) .
No EAD teremos que perpassar o canal da desigualdade social, pois trata-se de uma modalidade que emerge nas demandas da sociedade excluídas das relações educacionais formais, pautadas na produção mercadológica. O EAD, no seu processo de operacionalização da Educação, no sentido mais democrático, cumpre papel fundamental na construção de uma sociedade mais humana, pois socializa de forma mais efetiva os conhecimentos que permeiam as academias, fato não presente há bem pouco tempo. Claro que para isso, é necessária a democratização ampla e irrestrita de acesso não só aos meios tecnológicos indispensáveis, mas também as linguagens que permeiam as demandas do EAD. A teia se efetiva quando a linha da sociabilidade educacional se personifica nas ações de inclusão digital da política educacional cooperativa horizontalmente na EAD, superando as mazelas da exclusão educacional. OS LIMITES DO EAD: a necessidade da interação entre estudante e professor. É necessário pensar a prática do EAD em conjunto com a inclusão digital, sua popularização, pois nem todos que possuem computadores desejam dominar as ferramentas que norteiam os procedimentos metodológicos dessa modalidade. Até pouco tempo, o computador era visto como lazer, como prazer, no sentido do descobrir o novo, de desvelar o desconhecido. Hoje, um grande número de pessoas utiliza computadores no seu trabalho e em suas residências, para os mais diversos objetivos, como: operações bancárias e financeiras, comunicação informal e formal, namoro etc. Atualmente muitos, como já foi anunciado, vêm utilizando o computador para buscar uma formação superior ou uma pós-graduação, mas nesse público, nem todos interagem com clareza e maturidade ou aceitam essa modalidade. Muitos se sentem receosos, e destes não se pode tirar toda a razão, pois a presença física de um professor ou, simplesmente a presença falante, pode trazer muita diferença no processo de ensino e aprendizagem. Pois, É importante ter noção da amplitude do espaço à sua volta, o mesmo que é ocupado por várias pessoas ao mesmo tempo. Saber conviver neste espaço, ocupando-o mesmo onde seu corpo não vai; ocupando-o com seu olhar, com sua atenção, com a projeção de sua presença. É isto. Reconhecer o espaço equivale a criar uma presença, uma marca. Dessa forma, você e seu aluno não fazem tão-somente parte de uma massa. São indivíduos. (VIANNA: 2002, p.32) Nós que nos deparamos com o EAD, essa modalidade de ensino em expansão, temos que ter a clareza de que o contato virtual e/ou digital deve gerar uma reciprocidade de responsabilidades, com vistas a aproximar professores e alunos. O aluno necessita ter certeza que estamos com ele, ouvindo seus pedidos de ajuda, acalmando suas ansiedades e lendo as coisas que escrevem. Enfim, orientando-os. Nessa lógica, os limites impostos pela falta de interação entre os agentes seriam suprimidos, e o EAD, floresceria como um instrumento de democratização do ensino superior.

CONSIDERAÇÕES - Entende-se então que, o EAD é uma modalidade de ensino em fase de construção e por isso demanda de ajustes constantes. Para muitos debatedores sua origem está associada, sobretudo, há duas realidades participes do mesmo contexto, ou seja: a necessidade de democratizar o ensino superior seria uma e baratear os investimentos que demandam a educação; a outra. Sem dúvida, nossa experiência tem mostrado que o EAD cumpre um forte papel social na medida em que socializa e democratiza o acesso a educação. Simultaneamente, proporciona mobilidade social, uma vez que as pessoas passam a ter acesso aos conhecimentos que contribuem na explicação deste mundo. Entendemos que o EAD, ao mesmo tempo em que apresenta possibilidades de formação acadêmica para muitos, esbarra em limites, na medida em que necessita avançar em seus procedimentos didático-metodológicos.

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