15 novembro 2009

Inclusão digital ainda não é realidade na sala de aula

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Data: 15/11/2009
Título: Inclusão digital ainda não é realidade na sala de aula
Veículo: Folha de São Paulo
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Alvo de políticas públicas de governos e da iniciativa privada nos últimos anos, a inclusão digital nas escolas da região ainda tenta decolar. Para alçar os estudantes -principalmente os das escolas públicas, com menos acesso a computadores em casa- ao universo digital, persistem alguns obstáculos, como a falta de equipamentos e de preparo dos professores.

Somente na rede estadual, escolas das quatro maiores cidades da região -Ribeirão, Franca, São Carlos e Araraquara- receberam 2.496 computadores neste ano. A essas máquinas, somaram-se outras distribuídas por programas federais, municipais e privados. Aluna do 1º ano do ensino médio da escola estadual Dr. Guimarães Júnior, Michele Resende da Silva, 16, diz ainda não ter sido incluída nesse movimento de digitalização. "Nunca uso o computador na escola. Sei que depois das férias [do meio do ano], trouxeram computadores novos, mas nunca utilizamos", afirmou.

Para o presidente do Conselho Municipal de Educação, José Marcelino Rezende Pinto, a falta de preparo dos educadores é o principal empecilho para o sucesso da inclusão digital nas escolas. Ele elenca ainda insuficiência de equipamentos, e a respectiva manutenção, e a subutilização de laboratórios, entre outros gargalos. Professor coordenador para tecnologia da Diretoria de Ensino em Ribeirão, Fábio Gomes Silva diz que a maior parte dos professores estaduais tem acesso a cursos de capacitação, mas ainda há resistência, principalmente dos mais velhos. Por receio, muitas vezes os laboratórios eram subutilizados. Um novo programa do governo estadual deve quebrar parte dessa resistência, segundo Gomes. Com alunos contratados para serem monitores, o Acesso SP, que deve estar em todas as escolas estaduais no primeiro trimestre do ano que vem, prevê que os laboratórios de informática fiquem abertos para os alunos mesmo quando estiverem sem aulas. Experiências parecidas já são desenvolvidas em São Carlos e Araraquara, onde, nas escolas da rede estadual, os laboratórios usados pelos alunos também são abertos para a comunidade em horários sem aula e durante os finais de semana.

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