20 novembro 2008

UFPA forma a primeira turma de educação a distância do Norte e Nordeste do país

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Data: 20/11/2008
Título: UFPA forma a primeira turma de educação a distância do Norte e Nordeste do país
Veículo: Andifes
Autor: Jéssica Souza e André Motta

A Universidade Federal do Pará, na última sexta-feira, dia 14, formou 116 novos docentes com licenciatura plena em Matemática. A cerimônia de colação de grau ocorreu no hall da Reitoria da UFPA e contou com a presença do Reitor Alex Bolonha Fiúza de Mello, dentre outros Pró-Reitores e representantes da Instituição. O que fez dessa festa um diferencial para atrair convidados tão especiais? A celebração de superação dos desafios que marcou a conclusão do curso da primeira turma de educação a distância da Universidade.

Na ocasião, os formandos participaram de uma solenidade marcada pela entrega dos diplomas e celebrada com um coquetel. "Mais do que uma nova modalidade, o ensino a distância está se tornando um novo paradigma de aprendizado ao possibilitar uma mudança no tradicional modelo de ensinar e aprender. É uma modalidade que chegou para ficar e para mostrar à sociedade que é uma alternativa viável, que ganha espaço, sobretudo, onde o poder público não se faz presente", afirmou o Prof. Dr. Geraldo Mendes de Araújo, diretor da Faculdade de Matemática da UFPA.
Para o Reitor Alex Bolonha Fiúza de Melo, a formatura da turma de educação a distância da UFPA significou mais do que um marco histórico para a Instituição, mas sim, a consolidação do compromisso da Universidade com a formação de profissionais sérios e competentes. "O momento é de festa e alegria. Agora, todos os desafios foram vencidos. A primeira turma formada por educação à distância, na história da UFPA, também é a primeira das regiões Norte e Nordeste. Quem ganha é o mercado de trabalho", disse o Magnífico em seu discurso.
A solenidade contou ainda com a presença de professores do curso, dentre eles José Augusto Fernandes, que atualmente também exerce a Pró-Reitoria de Ensino e Graduação da Universidade. "Com certeza, esta noite comemoramos duplamente uma grande conquista", afirmou. A turma recebeu o nome do Prof. Dr. José Miguel Veloso, vice-coordenador do Ensino a Distância da Faculdade de Matemática e teve como paraninfa, a Profa. Dra. Selma Leite, coordenadora do Ensino a Distância. Houve tempo também para o pronunciamento de convidados como o do diretor da Universidade Aberta do Brasil, Celso Costa Lopes, representante do Ministério da Educação (MEC), e o da presidente da Fundação-Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro, Masako Masuda.
A possibilidade de levar a educação pública aos vários cantos do Brasil garantiu à modalidade a distância investimentos do Governo Federal e resultou na criação de pólos de ensino nas principais instituições brasileiras de ensino superior. A Universidade Federal do Pará iniciou seus primeiros debates a respeito da utilização da EAD em 1995, com o projeto "Implantação da Educação Aberta e a Distância na UFPA". Hoje, a modalidade atende 27 pólos em 17 municípios do Estado, com mais de 1.500 alunos matriculados na graduação e 600 alunos nos cursos de pós-graduação, além dos cursos livres. Os cursos de graduação ofertados são Matemática, Licenciatura em Biologia, Administração, Química, Física, História e Letras. Entre os de pós-graduação estão os de Gestão Hídrica e Ambiental, vinculado ao Instituto de Geociências, de Ensino e Aprendizagem em Língua Portuguesa e de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional.
Dentre os recém-formados em Matemática, a sensação geral era a de dever cumprido. Após superarem inúmeros obstáculos, como as dificuldades de deslocamento para os pólos onde aconteciam os momentos de aulas presenciais e acesso limitado à internet, puderam, finalmente, comemorar a conquista. "A prova da superação desses desafios, além da festa de formatura que celebramos hoje, é a aprovação que muitos de nós conseguimos em concursos públicos realizados recentemente, como o da SEDUC", relatou a formanda Nazaré Cruz, moradora de Mocajuba. Já para Maridéia Pureza, moradora do município de Breves, o momento de colação de grau representou a conclusão de apenas uma das etapas no caminho da sua qualificação profissional. "Agora que sei que as distâncias não me impedem mais de realizar meus sonhos, vou em busca de muito mais", concluiu.

Apesar da primeira impressão, a distância entre o aluno e o professor é apenas um elemento desse novo formato. O perfil do aluno ingressante, a relação dele com a instituição e o novo papel do professor na relação de ensino-aprendizagem transformam a educação não-presencial num campo de ensino promissor. A previsão de especialistas é que nas próximas décadas a educação a distância deverá reunir mais alunos do que a presencial.
A educação a distância permite que pessoas sem possibilidades de freqüentar regularmente cursos presenciais possam ser incorporadas à escola. Além disso, facilita a educação continuada. O aluno torna-se o foco do processo de aprendizagem. Passa a ter maior autonomia para identificar suas necessidades e procurar as informações, com o intuito de refletir sobre elas, discuti-las e adaptá-las às suas necessidades. As informações passam a estar disponíveis em qualquer lugar e a qualquer hora, e não apenas quando o professor as apresenta.
Os professores continuarão a ser necessários, não a figura tradicional do professor, mas o apto a certos desafios. Assim, aperfeiçoamento e adaptações serão imprescindíveis para que os professores "à moda antiga" não fiquem de fora do mercado e os novos professores já se formem com as habilidades necessárias.

Ensinando a distância
Em conjunto com esta nova forma de aprendizagem, a Universidade Federal do Pará (UFPA) tornou-se pioneira a oferecer um curso de graduação na modalidade a distância nas regiões Norte e Nordeste, o curso de licenciatura em Matemática, e esta primeira turma estará colando grau no próximo dia 14 de novembro, às 18h, no hall da Reitoria da UFPA, campus Guamá, com cerca de 116 alunos. O evento contará com a participação de Celso Costa, diretor da Universidade Aberta do Brasil (UAB), representando o secretário de educação a distância do MEC, Carlos Bielschowsky, e do reitor da UFPA, Alex Fiúza de Mello.
Após um curso preparatório de Matemática oferecido para 16 prefeituras, em 2003, ocorreu o primeiro processo seletivo especial, com cerca de 300 vagas preenchidas, desde Bagre, Curralinho, passando por Cametá, Mocajuba, Limoeiro do Ajurú, Belém, São Sebastião da Boa Vista, Muaná, Santa Izabel, Acará, Augusto Corrêa, Peixe-Boi, Vigia, Tomé-Açu, Curuá até Juruti. O curso iniciou no primeiro semestre de 2004, com seis pólos de apoio: Belém, Santa Izabel, Mocajuba, Curuá, Breves e Limoeiro do Ajurú. Atualmente o curso possui cerca de oito turmas, abrangendo outros municípios, que ingressaram através do Processo Seletivo Seriado (PSS), a partir de 2005.
O material didático do curso é todo fornecido pelo CEDERJ (Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro), que reúne a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).
Dentre os alunos que estão se formando, muitas histórias de superação de obstáculos e força de vontade podem ser contadas, como dificuldades para deslocamento para os pólos onde aconteciam os momentos presenciais aos sábados e acesso à internet. A prova da superação destes obstáculos, além da formatura, é a aprovação de vários em concursos públicos realizados recentemente, como da SEDUC.
UFPA já atende mais de dois mil alunos em 17 municípios paraenses por meio do ensino a distância.

A possibilidade de levar a educação pública aos vários cantos do Brasil garantiu à modalidade investimentos do Governo Federal e resultou na criação de pólos de ensino a distância nas principais instituições brasileiras de ensino superior. A Universidade Federal do Pará iniciou seus primeiros debates a respeito da utilização da EAD em 1995, com o projeto "Implantação da Educação Aberta e a Distância na UFPA", elaborado pelas professoras Maria Cândida Mendes Forte, Pró-Reitora de Graduação daquele ano; Selma Dias Leite, atual Coordenadora Geral da Assessoria de Educação a Distância (AEDI) e Estela Amaral de Oliveira.

Hoje, a modalidade atende 27 pólos em 17 municípios do Pará, com mais de 1.500 alunos matriculados na graduação e 600 alunos nos cursos de pós-graduação, além dos cursos livres. Os cursos de graduação ofertados são: Matemática, Licenciatura em Biologia, Administração, Química, Física, História e Letras. Entre os de pós-graduação estão os de Gestão Hídrica e Ambiental, vinculado ao Instituto de Geociências; de Ensino e Aprendizagem em Língua Portuguesa e de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional.
Alguns destes cursos foram implantados através de parceria da UFPA com a Secretaria de Estado Educação (SEDUC), para atender a professores sem formação, pertencentes à rede pública de ensino; outros foram ofertados pelo Processo Seletivo Seriado (PSS); outros cursos, como o de Biologia e o de Matemática, obtiveram financiamento por meio do Pró-Licenciatura, programa financiado pelo Ministério da Educação (MEC) para a formação de professores a distância.

"Com o lançamento do Pró-Licenciatura, a política pública de educação sinalizou, pela primeira vez, a necessidade de consolidar a educação a distância nas instituições públicas de ensino e, em particular, nas federais. Começou a financiar a consolidação de cursos existentes e estimulou a implantação de novos cursos na área das ciências exatas e naturais", afirma Selma Leite.

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